quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que esperar do Ano Novo

Nessa época do ano nos deparamos em todo lugar com festejos, comemorações e felicitações. São votos de Boas Festas e de Um Ano Novo melhor que o que passou. Pensamos a todo instante em festas, presentes, férias...É natural que seja assim...

O essencial nessa época é a chance que temos de começar de novo. Pode ser imaginária ou real, mas a sensação do nascimento e do renascimento pode nos motivar a criar novas metas e alcançá-las. Então, aproveitemos o fim de um ciclo e início de um novo para nos questionarmos acerca de nossas vidas.

Vamos fazer desse início de ano, um momento de novas conquistas, novas realizações, mas principalmente de novos questionamentos acerca de quem somos e do que queremos para nossas vidas.

Parece simples! Apenas parece! Na prática, metas alcançáveis são difíceis de serem alcançadas. Pensamos em coisas muito grandes, porém não em como atingí-las. Tentemos diferente, então. Ao invés de apenas sonhar, que tal fazer de 2012 um ano de realizações? Que tal encontrarmos tempo para o que realmente importa, vontade para o que realmente faz diferença, amor para quem merece...quando conseguimos nos focar no que fará diferença na nossa visa, aí podemos ter a certeza de um Ano Novo feliz e cheio de realizações. Como devem ser todos os anos...vamos praticar?

E feliz Ano Novo para todos nós!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A agitação do dia a dia

Estava pensando em quanto tempo faz que não venho aqui, escrever, e por isso mesmo resolvi abordar esse tema.

Quantas vezes deixamos de fazer coisas importantes para nós mesmos, coisas que nos fazem bem, porque a correria do dia-a-dia não deixa. Trabalho, família, estudo, acabam "tomando conta" de nosso tempo, de modo que nos magoamos e nos ressentimos, ao invés de simplesmente curtir.

É claro que nem tudo pode ser bom o tempo todo, mas talvez, se conseguíssemos mudar o modo de encarar as tarefas, elas tivessem um peso menor em nossas vidas. Temos que ter tempo para fazer as coisas que realmente importam. A questão aí é apenas conseguirmos priorizar de modo correto.

Então, acho que duas coisas realmente fazem diferença nesse processo:

1) O modo como encaro minhas "tarefas" pode ser leve ou pesado, bom ou ruim, fácil ou difícil. Ou seja, posso acordar de manhã pensando em como é árdua minha rotina, ou posso acordar e pensar em como tenho sorte em ter um trabalho, uma família, etc. E se, de fato, o trabalho, ou qualquer outra coisa estiver realmente insuportável, será que não é hora de repensá-lo?

2) Temos que organizar nosso tempo de modo que caibam coisas que nos fazem bem. Tente pensar em coisas que você gosta de fazer e entender o porquê de não as estar fazendo. Será que realmente elas não cabem em sua vida? Ou será que, organizando um pouquinho a rotina, essas coisas não encontrarm seu lugar?

Basicamente, estamos aqui para sermos felizes! E normalmente essa felicidade é mais alcançável do que parece. Pense nisso! 

terça-feira, 26 de julho de 2011

As coisas nem sempre acontecem como gostaríamos

Muitas vezes, na nossa vida, planejamos determinadas coisas que simplesmente não acontecem como gostaríamos. E, então sofremos...Ficamos frustrados quando as coisas não saem da nossa maneira. Como crianças mimadas, queremos que tudo seja do nosso jeito, naquele momento.


Mas será que isso é o melhor? Será que sempre sabemos o que é melhor para nós mesmos? Ou será que talvez seja melhor admitir que nem sempre sabemos o que estamos fazendo e nem sempre sabemos o que é melhor, mesmo que tenhamos muito claro o que queremos naquele momento?


Como crianças mimadas, que tentamos educar a nem sempre ter o que desejam, devemos nos educar a aceitar um pouco menos. Talvez devéssemos entender que as coisas nem sempre acontecem como gostaríamos, e que isso pode ser positivo.


Talvez, se conseguirmos perceber que tudo pode visto de um outro prisma, de um outro modo, consigamos tirar mais proveito até das pequenas coisas.


E, no fim das contas, não é isso que faz a felicidade? Os pequenos momentos?


Então, combinemos assim: ao invés de querermos mais e mais o tempo todo, que tal se consigamos aproveitar o que de bom a vida nos trouxe? Acho que esse é o princípio ...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Distúrbios Alimentares

Frequentemente, nos deparamos com pessoas com preocupações excessivas com o corpo. Algumas vezes, essa preocupações tomam uma dimensão tão grande na vida da pessoa que são consideradas um distúrbio alimentar. Os distúrbios mais conhecidos, e comentados, são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa.

De fato, quando tomam essa proporção esses distúrbios são muito preocupantes. De uma maneira bem simplista, a Anorexia e a Bulimia são distúrbios de imagem corporal. Ou seja, a maneira como a pessoa se enxerga no espelho é diferente da realidade. Na Anorexia, de novo de modo bem simplista, a pessoa deixa de se alimentar porque acredita que está acima do peso. Na Bulimia, a pessoa "tenta" não se alimentar e acaba, em algum momento, "comendo demais". Depois desse "ataque", acaba forçando o vômito.

Mas, esses são os casos extremos. Se analisarmos na nossa sociedade, em que a preocupação com o corpo é uma constante, existem "graduações" diferentes, mas que já alteram a rotina da pessoa.

Me preocupa, quando tenho notícias de pessoas que tem uma fixação com o peso. Nesses casos, normalmente, a pessoa costuma associar sua felicidade ao corpo perfeito. Então, "serei feliz quando for magra", por exemplo, já é, ao meu ver uma deturpação nos valores.

Vamos nos preocupar mais com nossas crianças e adolescentes, para que não cresçam submissos a esses pensamentos. Vamos primar nossas vidas pela saúde. Vamos, sim, nos alimentar de forma correta, não para que tenhamos um corpo perfeito, mas sim para que tenhamos uma vida saudável e feliz!

Acima de tudo, quando nos aceitamos plenamente, sabendo que como todos, temos qualidades e defeitos, perfeições e imperfeições e valorizamos a saúde física e psíquica, o peso será apenas uma consequencia.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O processo terapêutico em si

Normalmente, já na primeira sessão de terapia, explico como será realizado o processo. Algumas "regrinhas" básicas devem ser seguidas, para que o este funcione como esperado.

Uma das informações que passo, diz respeito às faltas. Elas não devem acontecer! É claro que imprevistos acontecem, mas, na medida do possível, o processo deve funcionar com um certo tempo entre as sessões. Esse tempo é variável de acordo com a necessidade. Mas, uma vez estabelecido entre terapeuta e terapeutizado, deve ser seguido por ambos.

O que ocorre é que quando há um espaço de tempo muito grande entre uma sessão e outra, acabamos, em sessão, "apagando incêndios" psicológicos. Ou seja, não conseguimos muita coisa além de diminuir as angústias momentâneas. Para que o processo realmente se desenvolva, é necessário que exista uma continuidade, que as emoções estejam minimamente controladas e então consigamos seguir adiante.


Outro dia, escutei uma entrevista que falava da importância da atividade física em nossas vidas. O entrevistado falava que, por hábito, incentivamos nossos filhos a tirarem boas notas, por exemplo, mas não o mostramos da mesma forma a importância da atividade física. 


Podemos fazer um paralelo à importância que damos à nossa saúde mental. Muitas vezes, ouço que não temos dinheiro ou tempo para a terapia (ou para a atividade física), quando esta deveria ter importância fundamental. Quanto mais prestamos atenção, mais percebemos o quanto toda a nossa saúde depende de uma boa saúde mental.


Então, se você iniciar um processo terapêutico, faça o que estiver a seu alcance para que este processo seja levado a cabo sem faltas e sem atrasos. Só assim, ele ocorre da maneira que deve e tem o resultado esperado.





terça-feira, 29 de março de 2011

O processo de luto

Quando perdemos alguém querido, temos que lidar com uma série de emoções que muitas vezes não estamos preparados. Saudades, angústia, tristeza, dor, são apenas algumas delas.

É claro que isso tudo varia muito conforme algumas premissas básicas: como foi a morte, como estava a relação, qual o grau de envolvimento com aquela pessoa, etc.

Isso tudo conta muito e faz muita diferença no processo do luto. Fica evidente que a morte de uma pessoa que já está doente e em sofrimento, por mais que seja muito sentida, é mais "aceitável" do que a de alguém no auge da vida, que se vai num acidente, por exemplo. Se pensamos que a pessoa já passou por um processo em sua vida e já completou várias etapas, como por exemplo, ter filhos criados, isso machuca muito menos do que quando a pessoa deixa filhos pequenos, e assim vai a lista.

A grande questão, contudo, é que normalmente lidamos com a morte de uma maneira "egoísta". Não queremos a morte de alguém porque a queremos perto, porque sentimos sua falta, porque sentimos saudades.

Talvez nos conforte saber que, independente de nossa crença espiritual, quem se foi está bem, seja porque está num plano melhor ou porque não sofre mais.

Mas a tristeza é normal. A saudade é esperada. Portanto, não ache que você não pode ou não deve sentí-la. Permita-se vivenciar o luto. Só assim, ele vai passar e a dor, eventualmente, diminuir até que se torne suportável. E mais tarde, por mais que não acreditemos, poderemos olhar para trás e nos lembrar daquela pessoa que foi tão importante em nossa vida, sem dor. Apenas com a alegria de saber que por mais que o tempo tenha sido curto, tivemos alguém tão especial em nossa vida.


Além disso, não acredite que precisa passar por tudo sozinho. Procure ajuda de parentes, amigos, grupos ou de profissionais capacitados.

Viva o luto como qualquer outra etapa de sua vida. E supere-o, assim que possível.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Porque devemos estimular a independência em nossas relações?

Muitas vezes me deparo com relações completamente co-dependendes. O mais interessante é que as pessoas nem mesmo percebem o quanto estão estimulando esse tipo de relação.
Na relação mãe e filho, por exemplo, esse laço é estimulado ao extremo. São mães, pais e filhos que dormem na mesma cama. São mães (ou pais) que assumem abertamente que não ficam longe de seus filhos (“porque são muito ligados”)...
Na relação entre parceiros, esse tipo de convivência também é muito comum. Pensamos: "Temos que fazer tudo juntos", "Temos que gostar das mesmas coisas", "Temos que viver grudados", porque senão não é amor. 
Nas relações de amizade e até mesmo nas relações de trabalho, esse tipo de simbiose também acontece.
Em resumo, achamos que se não formos onipresentes na vida do outro, o outro se esquecerá de nós e a relação terminará.
Que inocência. A relação pode acabar (ou não) mesmo que fiquemos 24 hs do dia grudados. O fato de dependermos do outro, ou do outro depender de nós, não é condição para manter uma relação.
Ao contrário, quanto mais procuramos que o outro preencha um espaço em nós mesmos, menos isso ocorre. Uma relação que era para ser um complemento na vida do outro, acaba virando a vida em si.
O buraco dentro de mim, tem que ser preenchido por mim mesmo. Não por um filho, um amigo, um amante... Se busco no outro me completar é porque não estou completo. E preciso estar completo para amar verdadeiramente.
Portanto, deixemos o outro livre e também sejamos livres. A liberdade traz com ela a escolha diária e talvez essa seja a nossa maior dificuldade. Quanto mais livre eu for, maior liberdade posso dar para aquele que está comigo. E quanto maior for a liberdade do outro, mais certeza terei de que o outro está ao meu lado por escolha própria.
Não é melhor assim?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ser Feliz

Todos nós, homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, etc., queremos ser felizes. Mas, o que significa ser feliz?

A felicidade é um conceito amplo e variável. O que me faz feliz, pode ser completamente diferente do que faz você feliz. Eu posso querer casar e ter filhos, você pode querer ser um profissional de sucesso, ter dinheiro e status. Não importa. O que realmente importa é o que realiza cada um. Sem julgamentos, sem cobranças. Apenas realmente olhando para dentro de si mesmo, o ser humano consegue ter clareza do que precisa. Nesse momento de descoberta, se achar que necessita de ajuda, converse com alguém, um amigo, alguém em quem você confia, ou um psicólogo.

Apenas conhecendo a si mesmo, pode-se buscar a felicidade individual.
Mais do que isso, é preciso saber exatamente o que se quer, qual é seu sonho, até para que ele se torne realidade.

Tente descobrir o que te faz feliz. perceba o que falta e o que você já possui. Trace metas. Planeje sua felicidade como planeja uma viagem. Planeje pequenos passos e como fazer para atingí-los.

Apenas tome cuidado para aproveitar as etapas. Comemore cada conquista, por menor que seja.Novamente aqui, o que mais importa não é o que acontece com cada vida, mas sim o que fazemos com o que acontece.

Seja feliz todos os dias!!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A importância das Mudanças

De tempos em tempos, somos obrigados a passar por algumas mudanças em nossas vidas. Deixamos de ser crianças e nos tornamos adolescentes e depois adultos. Namoramos, casamos, temos filhos, separamos. Nos mudamos de casa, de cidade ou país. Engordamos, emagrecemos... Enfim, mudanças ocorrem a todo tempo em nossas vidas. Às vezes elas vêm porquê desejamos, às vezes nem tanto...

Sempre, o fundamental é aceitarmos essas mudanças da melhor maneira possível, e fazê-las seram boas. Olhar para o lado bom da situação, sem demagogia e aproveitar o que essa mudança oferece.

Como tenho dito aqui, o importante não é o que acontece, mas como ministramos o que acontece em nossas vidas. Então, as mudanças, mesmo as ruins, trazem, no mínimo, aprendizado.

Mas como lidar com elas de forma prática?

Claro que não existe uma receita, mas quando pensamos que as coisas que acontecem têm uma razão de ser e que tudo pode ser, nem que seja minimamente, aproveitado, começamos a receber as mudanças de uma maneira mais positiva. E aí, inicia-se um "ciclo vicioso do bem": se vejo que o que acontece, está acontecendo para o bem, passo a aceitar essa mudança melhor e, a partir daí, as consequências também costumas ser melhores.

Então, por mais que tenha medo, jogue-se na nova etapa de sua vida e seja cada vez mais feliz! Só depende de nós!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A importância do amor próprio

Muitas vezes, chegam até mim, comentários de pessoas que não conseguem entender o porquê de uma determinada relação ter ou não dado certo. Até onde ir ou quando desistir são questões muito sutis, porém uma coisa fica clara, desde o começo: é incrível, como, na maioria dos casos, o que acaba fazendo muita diferença é o amor próprio.

Amar-se além do outro, respeitar-se mesmo que o outro não te respeite...Impor os limites de seu espaço individual e não deixar que o outro ultrapasse o que é seu. Isso faz tooda a diferença!

É claro que não devemos confundir amor próprio com teimosia ou irracionalidade. Devemos, sim, muitas vezes, ceder, nos adaptar. Porém, a grande questão aí é não se misturar com o outro. O outro só vai, até onde deixamos. Ninguém invade meu espaço, se eu não der abertura para tal. Ou pelo menos, não mais de uma vez!

Vamos amar sim! Mas o maior amor do mundo, deve ser o seu para você mesmo. Vamos agradar ao outro, mas a pessoa que tem que estar mais feliz é você mesmo.

Vamos pensar sobre isso?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vida Real X Vida de Fantasia

Quando somos crianças, vemos e ouvimos histórias de romances ideais. Contos de fada (principalmente para as meninas) são essenciais. Aquela velha historinha do "Viveram felizes para sempre", enche nossas mentes e corações.

Aí, crescemos. E começam a aparecer os sapos... Como saber qual deles virará príncipe (ou princesa). Como ter certeza em quando investir numa relação e quando deixá-la de lado?

Acho que a grande questão que devíamos saber desde sempre é que relação a dois dá trabalho. Não é um passe de mágicas. Não existe o "felizes para sempre", pelo menos não como nas histórias infantis.

A relação pode, sim, dar certo. Desde que seja construída e reconstruída diariamente. Não existe amor incondicional, nem é bom que exista. A melhor relação que podemos ter passa a existir quando temos consciência que precisamos cuidar dela...Que precisamos investir nela, como investimos em qualquer outra coisa que realmente queremos (por exemplo, uma carreira).

Quando conseguimos pensar dessa maneira, a vida fica mais fácil e as relações têm mais chance de dar certo. E aí, o "felizes para sempre" pode acontecer.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sobre a "vida moderna"

Quando pensamos sobre a forma de vida atual, muitas vezes nos vemos quase que massacrados por conta dos acontecimentos. Problemas, dívidas, obrigações...O exagero do ter que ser, ter que fazer, ter que possuir... Esse consumismo em que vivemos, acaba nos levando a lugares que não queremos.

Nossos filhos acabam sendo criados por avós ou empregadas ou escolas porquê tanto pai quanto mãe têm que sair e trabalhar muito. Até para que consigam manter todo o consumismo imposto (por eles e por nós mesmos).

Será que não seria o caso de trabalhar um pouco menos (e ganhar um pouco menos), mas ter um tempo para desempenhar essa outra função tão importante que é educar uma criança? Afinal, quem tem a obrigação de educar, dar carinho e amor a uma criança senão seus pais?

Além disso, quem disse que precisamos dar conta de tudo? Sermos ótimos profissionais, amigos, amantes, pais, tudo ao mesmo tempo agora!

Talvez se desejássemos um pouco menos, se nos contentássemos em sermos apenas humanos, nossa vida fosse um pouco mais fácil.

Vale a reflexão.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Depressão

Todos nós, provavelmente, conhecemos alguém que têm ou já teve um diagnóstico de depressão. É um termo muito em moda. Mas, o que será que acontece? Será que não sabemos mais lidar com a tristeza e já achamos que precisamos de "tratamento"? Será que o uso do medicamento é sempre necessário?

Novamente é claro que existem casos e casos. Em algumas situações, o uso do medicamento é fundamental. Em outras, nem tanto...Independente de ser o caso de usar ou não medicamento, a terapia é sempre fundamental.

Mas o que é uma depressão? Qual é a diferença da tristeza comum? Quando passa a ser necessário buscarmos ajuda?

Nesse caso, como em tantos outros na área psicológica, PRECISAMOS buscar ajuda, sempre que há um prejuízo na nossa qualidade de vida.

Trocando em miúdos, eu posso sentir tristeza por alguma coisa que me aconteceu. E isso é perfeitamente normal. Porém, eu posso estar com depressão se deixo que isso interrompa de alguma forma a minha vida.

Mais uma vez fica o recado: na dúvida, facilite a sua vida e procure ajuda. No mínimo, um profissional capacitado pode o informar se esse é ou não um caso de tratamento.

Vamos ser felizes!!!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Síndrome do Pânico

Imagine se, de uma hora para a outra, sem nenhum motivo aparente, você tivesse a sensação de que vai morrer. Ou enlouquecer.

Se, do nada, você começasse a perceber sensações em seu corpo que não deveriam estar acontecendo. Sensações ruins como um aperto no peito, falta de ar, coração disparado...

Provavelmente, você iria ao médico e faria todos os exames possíveis. Se esse não descobrisse seu problema, você iria a outro e mais outro. Acima de tudo, você faria qualquer coisa para não sentir tudo aquilo de novo.

É assim que se sente uma pessoa que experencia um ataque de pânico. Se esse ataque volta a acontecer, com o tempo, vai se desenvolvendo a síndrome do pânico.

Essa síndrome é composta basicamente das crises em si e do comportamento de esquiva subsequente. Resumidamente, a pessoa tem a primeira crise. Como, obviamente, aquilo que aconteceu com foi uma experiência terrível, a pessoa passa a tentar evitar uma nova crise a qualquer custo.

Qualquer situação que possa mesmo que lembrar aquele primeiro episódio, passa a ser evitada a qualquer custo. Aos poucos, se não houver tratamento, o indivíduo vai se enclausurando cada vez mais, tentando a todo custo evitar uma nova crise. E a vida do indivíduo vai ficando cada vez mais limitada.

Se você passa por isso, ou conhece alguém nessa situação, procure ajuda o mais rapidamente possível. A Síndrome do Pânico é tratável e você poderá voltar a ter uma vida normal. Se você conhece alguém que passa por isso, ajude a pessoa a procurar tratamento. Sozinha, provavelmente, ela não conseguirá sair dessa situação.

O transtorno do pânico traz um sofrimento real e intenso, não o considere levianamente.

Como posso ajudar meu filho a se desenvolver?

Novamente, por conta de nossa vida agitada, às vezes nos vemos perdidos quanto à educação de nossos filhos. Trabalhamos tanto que quando estamos com nossos pequenos, não queremos brigar, queremos paz e tranquilidade.  E, de preferência, crianças obedientes e satisfeitas.

Mas isso não é o que normalmente ocorre. Chegamos em casa e nos deparamos com crianças insatisfeitas e que nos demonstram essa insatisfação bem claramente.

Com o intuito de agradar nossos pequenos tiranos, damos presentes, liberdades e esquecemos dos limites.

Mas, porquê mesmo devo dar limite ao meu filho? A resposta é simples, porém colocá-la em prática nem tanto. Devo dar limite porque dar limite é dar amor. A criança precisa ter limites para que desenvolva em si mesma a noção de que nem tudo é permitido. Se não colocamos regras, como esperar que nossos filhos aprendam a viver em sociedade?

Siga seu coração! Diga não aos castigos físicos e lembre-se: pais são "apenas" seres humanos que tiveram filhos. Erros e acertos fazem parte da vida.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O uso de medicamentos

Sempre me perguntam qual a importância dos medicamentos no tratamento de diversos transtornos. É claro que isso é variável. É claro que depende do caso. Em regra geral, a indicação para o medicamento é feita quando há risco de vida para o paciente ou quando o transtorno afeta tanto a sua vida que nem mesmo o tratamento psicológico é possível.

A partir daí, o medicamento é gradualmente diminuído, até que não faça mais parte da vida da pessoa.

Em alguns casos, é necessário. Em outros não.

O que realmente importa é que o medicamento apenas não trata o transtorno. Costumo dizer que o medicamento trata a epiderme. O que está abaixo é tratado através da terapia. Ou seja, se não tratamos a derme (metaforicamente o que está abaixo da epiderme), nunca nos livramos do medicamento.

Portanto, mais uma vez, a psicoterapia é fundamental!

Os problemas e a terapia

Atualmente, tenho recebido em consultório, vários casos de pessoas com alto nível de ansiedade. O estresse, o modo de vida agitado, a pouca preocupação com a saúde, são alguns dos principais motivos apontados pelas pessoas que apresentam esse tipo de problema.

A verdade é que, sim, esses são motivos válidos quando pensamos em diminuição da qualidade de vida. Porém, existem outros. Aprendi, há um tempo atrás, que o que faz a diferença na vida não é o que passamos, mas sim o que sentimos e como enxergamos o que passamos.

Trocando em miúdos, a experiência pode ser ruim ou boa, mas o que realmente faz a diferença é como você a encara.

Essa é base do que trabalho em terapia. Precisamos aprender a lidar com o que acontece da melhor maneira. Problemas vão ocorrer durante toda a nossa vida. Quando aprendemos a lidar com eles, aí conseguimos transformá-los em soluções.

A importância da Psicologia Clínica

Vivemos em um mundo moderno. Quem atualmente tem tempo ou dinheiro para um atendimento psicoterápico?

A realidade é que o investimento num processo terapêutico demanda mais do que normalmente estamos dispostos a investir. A exceção é quando o problema atinge tal nível, que não vemos outra saída a não ser procurar ajuda.

Mas porque chegar nesse ponto? Não seria mais fácil (e mais produtivo) se não precisássemos chegar nesse nível de sofrimento psíquico?

O grande problema é que olhar para dentro de si mesmo nem sempre é prazeroso. Perceber-se falho, incompleto pode ser angustiante. Admitir que temos problemas que não conseguimos resolver sozinhos, normalmente gera uma sensação de fracasso.

Então não vemos, não olhamos, não sentimos! E colocamos a culpa na falta de tempo ou na falta de dinheiro, ou até mesmo na ilusão de que não precisamos do outro.

A verdade é que pode ser mais fácil. Muitas vezes podemos, sim, resolver nossos problemas sozinhos. Porém, seria muito mais fácil se contássemos com uma ajuda de alguém preparado para isso. E é justamente aí que a terapia pode te ajudar.