terça-feira, 29 de março de 2011

O processo de luto

Quando perdemos alguém querido, temos que lidar com uma série de emoções que muitas vezes não estamos preparados. Saudades, angústia, tristeza, dor, são apenas algumas delas.

É claro que isso tudo varia muito conforme algumas premissas básicas: como foi a morte, como estava a relação, qual o grau de envolvimento com aquela pessoa, etc.

Isso tudo conta muito e faz muita diferença no processo do luto. Fica evidente que a morte de uma pessoa que já está doente e em sofrimento, por mais que seja muito sentida, é mais "aceitável" do que a de alguém no auge da vida, que se vai num acidente, por exemplo. Se pensamos que a pessoa já passou por um processo em sua vida e já completou várias etapas, como por exemplo, ter filhos criados, isso machuca muito menos do que quando a pessoa deixa filhos pequenos, e assim vai a lista.

A grande questão, contudo, é que normalmente lidamos com a morte de uma maneira "egoísta". Não queremos a morte de alguém porque a queremos perto, porque sentimos sua falta, porque sentimos saudades.

Talvez nos conforte saber que, independente de nossa crença espiritual, quem se foi está bem, seja porque está num plano melhor ou porque não sofre mais.

Mas a tristeza é normal. A saudade é esperada. Portanto, não ache que você não pode ou não deve sentí-la. Permita-se vivenciar o luto. Só assim, ele vai passar e a dor, eventualmente, diminuir até que se torne suportável. E mais tarde, por mais que não acreditemos, poderemos olhar para trás e nos lembrar daquela pessoa que foi tão importante em nossa vida, sem dor. Apenas com a alegria de saber que por mais que o tempo tenha sido curto, tivemos alguém tão especial em nossa vida.


Além disso, não acredite que precisa passar por tudo sozinho. Procure ajuda de parentes, amigos, grupos ou de profissionais capacitados.

Viva o luto como qualquer outra etapa de sua vida. E supere-o, assim que possível.

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