Todos os dias acordamos um pouquinho diferentes. As coisas vão acontecendo em nossas vidas e vamos as absorvendo do modo que conseguimos. Mas cada coisinha, cada pedrinha, vai fazendo diferença. E, ao fim do dia, estamos um pouquinho mudados. Às vezes, um simples olhar, uma palavra, um gesto, é o suficiente para que haja uma mudança. E é esse somatório que vai nos transformando.
É claro que o ideal é que direcionemos nossa vida para que esta siga o caminho que queremos. Por isso, precisamos de metas. Metas pequenas, alcançáveis. Mesmo que um monte delas se junte para atingir uma maior. Como fazemos isso? "Quebramos" nossa grande meta em pequenas. Por exemplo, se queremos fazer uma viagem o que precisamos:
1. Definir para onde iremos, quantos dias ficaremos lá, em que data é possível (por exemplo, férias, fim de semana ou feriado). Se vamos com alguém, qual a data disponível para essa pessoa, etc. Ou seja, os aspectos básicos da viagem.
2. Em seguida, precisamos ter uma estimativa de gastos, e como conseguiremos economizar aquele dinheiro.
3. O terceiro passo é ver disponibilidade de vôos (se for o caso), hotéis, etc.
4. Que tipo de documentação é necessária, etc.
Esse foi apenas um exemplo de como devemos encarar nossas metas. Quando a "quebramos" em partes, fica muito mais fácil atingir o que queremos. No exemplo acima, se eu ficar apenas desejando a viagem, provavelmente nunca irei.
Então é isso: um passo de cada vez me leva na direção que eu quero chegar. Mesmo que demore.
No processo terapêutico, comparativamente, também é importante termos metas. O que queremos mudar, alcançar, com o processo. É essa pergunta básica que devemos nos fazer já no inicio do processo terapêutico. E é nessa resposta que devemos nos basear. É claro que podem haver mudanças no meio do caminho, redirecionamentos, mas o principal, o que nos levou àquele consultório, nao deve ser perdido de vista.
Costumo comparar o processo de terapia a um caminho que seguimos distraído. Quantas vezes chegamos a algum lugar sem nos dar conta de como isso ocorreu. Na psicoterapia é mais ou menos assim que acontece. Nao existem muitas grandes mudanças. Existem pequenos passos, dados um seguido do outro. E, depois de um tempo, estamos num lugar diferente, sem nem nos darmos conta de como ocorreu.
E assim vamos seguindo, uma conquista depois da outra, um passo de cada vez. E quando percebemos chegamos onde gostaríamos.
Oi Gláucia, eu e Levy estamos olhando seu bolg. Nao lemos nada, ainda, mas estamos olhando. Seguindo a política do "comentar para fazer um blogueiro feliz"
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