Porque queremos saber nosso futuro?
Hoje estava pensando sobre o futuro...por que será que precisamos tanto saber o que vai acontecer daqui a algum tempo? O que nos motiva a viver na expectativa do que vai acontecer?
É sempre interessante pensarmos, planejarmos o que queremos. Um planejamento com metas definidas, nos leva à concretização de nossos sonhos. Porém, até que ponto fazemos isso da maneira correta? Até que ponto a expectativa ou falta de conhecimento do futuro nos paralisa e nos deixa engessados em uma determinada situação?
Devemos planejar, mas até que ponto devemos nos engessar com a idéia do futuro?
Costumo propor um exercício em consultório: como você se imagina daqui a 5, 10 anos, ou até mesmo quando estiver bem velhinho? Quando olha para trás na sua vida, o que espera ter conquistado? Vejo este como um exercício interessante que pode nos levar ao caminho correto. Se me vejo daqui a 5 anos numa diferente área profissional, por exemplo, o que posso fazer agora para que isto aconteça? Como posso direcionar minha vida para atingir meus objetivos?
Porque, verdade seja dita, muito poucas coisas caem do céu. Na maior parte das vezes, precisamos batalhar e lutar pelo que queremos...Então, porque esperar? Porque não começar a caminhar na direção que quero?
Acredito que essa seja a resposta: quando consigo definir meus objetivos, aí, sim, posso tentar alcançá-los. Fora isso, é adivinhação. O que, convenhamos, tem tanta chance de acontecer quanto de não acontecer.
Porém, outro ponto importante é que coisas acontecem independente de nosso planejamento. A vida sempre nos traz surpresas e muitas vezes precisamos repensar, precisamos tomar caminhos diferentes.
Talvez seja por isso que querermos adivinhar nosso futuro. Se, muitas vezes, por mais que planejemos, o que queremos não acontece, aí queremos adivinhar. Necessitamos de respostas imediatas sobre o que acontecerá conosco. Será que é melhor continuar nesse caminho ou mudá-lo? Será que mudo de emprego, amor, cidade, etc.? Ou será que se mudar tudo isso continuarei infeliz?
Novamente, por mais que machuque, a resposta é que não podemos ter a resposta. A vida é incerta. Então, só o que podemos fazer é pesar o lado positivo e o negativo de cada situação e tentar descobrir se vale a pena mudar ou continuar. E ainda, temos que tomar cuidado com a insatisfação. Por sermos incompletos, temos que tomar cuidado para que nossa insatisfação não nos leve a uma busca constante de coisas novas e diferentes.
Toda escolhe demanda deixarmos coisas de lado. Resta saber o que pode ser deixado e o que devemos manter. E uma vez que escolhemos, o melhor que podemos fazer é ficarmos tranqüilos com nossa decisão. E talvez isso nos deixe mais felizes.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
O amor e suas características
Existem vários tipos diferentes de amor. Amor entre irmãos, entre amigos, entre pais e filhos e entre parceiros, por exemplo. Cada um desses tipos de amor, tem similaridades e diferenças.
Hoje, gostaria de falar um pouco sobre o amor entre parceiros...
Assim como vários outros, o amor entre parceiros é um amor que deve ser construído. De início, existe a paixão. Porém, se essa não é alimentada, se esvai e acaba. A paixão é realmente importante no início. É ela que cria o primeiro lampejo, a primeira fagulha, o primeiro interesse. A emoção de encontrar a pessoa, o coração disparado, o pensamento constante naquele outro ser. Aquela maravilhosa sensação de que o outro é o que o de melhor existe no mundo.
Contudo, isso não pode durar para sempre. Fisiologicamente não aguentaríamos por muito tempo este "estado apaixonado". Com o tempo e com o hábito, a paixão vai se transformando em outro sentimento. E aí, então, pode surgir o amor.
Se a relação se desenvolve, vamos descobrindo realmente quem é o outro e se vale a pena investir nisso. Mas aí também começamos a enxergar as falhas. E isso assusta. Assusta porque somos ensinados a acreditar no conto de fadas, no "viveram felizes para sempre". E então temos medo, quando percebemos que nem tudo é perfeito ou fácil.
A nossa primeira resposta frente ao medo é a fuga. Então, achamos que devemos nos afastar e procurar outra relação. O ponto aí é que, ou passamos a vida toda "pulando" de uma relação para outra, ou resolvemos enxergar realmente o outro, com suas qualidades e defeitos e perceber se vale ou não a pena.
E como saber se vale a pena? Em primeiro lugar o amor deve nos fazer bem. Se estamos sofrendo ao lado daquela pessoa o tempo todo, então alguma coisa está errada. É claro que não estou falando de crises pontuais. Essas ocorrem para todos nós em todos os aspectos de nossas vidas. Mas se, todos os dias apenas nos desgastamos e sofremos, será que isso ainda é amor? Ou será que é hábito, comodidade, conveniência? Será que vale a pena tentar consertar a relação, ou tentar uma nova?
Existe outro fator fundamental para que o amor "dê certo": o amor próprio. Pode parecer contraditório, porém é só quando nos amamos realmente que conseguimos amar o outro. Quando somos completos e felizes independente do outro, aí podemos achar alguém para andar ao nosso lado.
Então, acho que o resumo dessa história é o seguinte: ame-se acima de todos, respeite-se como você é, aceite-se com seus defeitos e admire suas qualidades. Só assim você encontrará alguém para amar, respeitar, aceitar e admirar. E aí, o amor pode ser a melhor coisa do mundo!!
Hoje, gostaria de falar um pouco sobre o amor entre parceiros...
Assim como vários outros, o amor entre parceiros é um amor que deve ser construído. De início, existe a paixão. Porém, se essa não é alimentada, se esvai e acaba. A paixão é realmente importante no início. É ela que cria o primeiro lampejo, a primeira fagulha, o primeiro interesse. A emoção de encontrar a pessoa, o coração disparado, o pensamento constante naquele outro ser. Aquela maravilhosa sensação de que o outro é o que o de melhor existe no mundo.
Contudo, isso não pode durar para sempre. Fisiologicamente não aguentaríamos por muito tempo este "estado apaixonado". Com o tempo e com o hábito, a paixão vai se transformando em outro sentimento. E aí, então, pode surgir o amor.
Se a relação se desenvolve, vamos descobrindo realmente quem é o outro e se vale a pena investir nisso. Mas aí também começamos a enxergar as falhas. E isso assusta. Assusta porque somos ensinados a acreditar no conto de fadas, no "viveram felizes para sempre". E então temos medo, quando percebemos que nem tudo é perfeito ou fácil.
A nossa primeira resposta frente ao medo é a fuga. Então, achamos que devemos nos afastar e procurar outra relação. O ponto aí é que, ou passamos a vida toda "pulando" de uma relação para outra, ou resolvemos enxergar realmente o outro, com suas qualidades e defeitos e perceber se vale ou não a pena.
E como saber se vale a pena? Em primeiro lugar o amor deve nos fazer bem. Se estamos sofrendo ao lado daquela pessoa o tempo todo, então alguma coisa está errada. É claro que não estou falando de crises pontuais. Essas ocorrem para todos nós em todos os aspectos de nossas vidas. Mas se, todos os dias apenas nos desgastamos e sofremos, será que isso ainda é amor? Ou será que é hábito, comodidade, conveniência? Será que vale a pena tentar consertar a relação, ou tentar uma nova?
Existe outro fator fundamental para que o amor "dê certo": o amor próprio. Pode parecer contraditório, porém é só quando nos amamos realmente que conseguimos amar o outro. Quando somos completos e felizes independente do outro, aí podemos achar alguém para andar ao nosso lado.
Então, acho que o resumo dessa história é o seguinte: ame-se acima de todos, respeite-se como você é, aceite-se com seus defeitos e admire suas qualidades. Só assim você encontrará alguém para amar, respeitar, aceitar e admirar. E aí, o amor pode ser a melhor coisa do mundo!!
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
As conquistas do dia a dia
Todos os dias acordamos um pouquinho diferentes. As coisas vão acontecendo em nossas vidas e vamos as absorvendo do modo que conseguimos. Mas cada coisinha, cada pedrinha, vai fazendo diferença. E, ao fim do dia, estamos um pouquinho mudados. Às vezes, um simples olhar, uma palavra, um gesto, é o suficiente para que haja uma mudança. E é esse somatório que vai nos transformando.
É claro que o ideal é que direcionemos nossa vida para que esta siga o caminho que queremos. Por isso, precisamos de metas. Metas pequenas, alcançáveis. Mesmo que um monte delas se junte para atingir uma maior. Como fazemos isso? "Quebramos" nossa grande meta em pequenas. Por exemplo, se queremos fazer uma viagem o que precisamos:
1. Definir para onde iremos, quantos dias ficaremos lá, em que data é possível (por exemplo, férias, fim de semana ou feriado). Se vamos com alguém, qual a data disponível para essa pessoa, etc. Ou seja, os aspectos básicos da viagem.
2. Em seguida, precisamos ter uma estimativa de gastos, e como conseguiremos economizar aquele dinheiro.
3. O terceiro passo é ver disponibilidade de vôos (se for o caso), hotéis, etc.
4. Que tipo de documentação é necessária, etc.
Esse foi apenas um exemplo de como devemos encarar nossas metas. Quando a "quebramos" em partes, fica muito mais fácil atingir o que queremos. No exemplo acima, se eu ficar apenas desejando a viagem, provavelmente nunca irei.
Então é isso: um passo de cada vez me leva na direção que eu quero chegar. Mesmo que demore.
No processo terapêutico, comparativamente, também é importante termos metas. O que queremos mudar, alcançar, com o processo. É essa pergunta básica que devemos nos fazer já no inicio do processo terapêutico. E é nessa resposta que devemos nos basear. É claro que podem haver mudanças no meio do caminho, redirecionamentos, mas o principal, o que nos levou àquele consultório, nao deve ser perdido de vista.
Costumo comparar o processo de terapia a um caminho que seguimos distraído. Quantas vezes chegamos a algum lugar sem nos dar conta de como isso ocorreu. Na psicoterapia é mais ou menos assim que acontece. Nao existem muitas grandes mudanças. Existem pequenos passos, dados um seguido do outro. E, depois de um tempo, estamos num lugar diferente, sem nem nos darmos conta de como ocorreu.
E assim vamos seguindo, uma conquista depois da outra, um passo de cada vez. E quando percebemos chegamos onde gostaríamos.
É claro que o ideal é que direcionemos nossa vida para que esta siga o caminho que queremos. Por isso, precisamos de metas. Metas pequenas, alcançáveis. Mesmo que um monte delas se junte para atingir uma maior. Como fazemos isso? "Quebramos" nossa grande meta em pequenas. Por exemplo, se queremos fazer uma viagem o que precisamos:
1. Definir para onde iremos, quantos dias ficaremos lá, em que data é possível (por exemplo, férias, fim de semana ou feriado). Se vamos com alguém, qual a data disponível para essa pessoa, etc. Ou seja, os aspectos básicos da viagem.
2. Em seguida, precisamos ter uma estimativa de gastos, e como conseguiremos economizar aquele dinheiro.
3. O terceiro passo é ver disponibilidade de vôos (se for o caso), hotéis, etc.
4. Que tipo de documentação é necessária, etc.
Esse foi apenas um exemplo de como devemos encarar nossas metas. Quando a "quebramos" em partes, fica muito mais fácil atingir o que queremos. No exemplo acima, se eu ficar apenas desejando a viagem, provavelmente nunca irei.
Então é isso: um passo de cada vez me leva na direção que eu quero chegar. Mesmo que demore.
No processo terapêutico, comparativamente, também é importante termos metas. O que queremos mudar, alcançar, com o processo. É essa pergunta básica que devemos nos fazer já no inicio do processo terapêutico. E é nessa resposta que devemos nos basear. É claro que podem haver mudanças no meio do caminho, redirecionamentos, mas o principal, o que nos levou àquele consultório, nao deve ser perdido de vista.
Costumo comparar o processo de terapia a um caminho que seguimos distraído. Quantas vezes chegamos a algum lugar sem nos dar conta de como isso ocorreu. Na psicoterapia é mais ou menos assim que acontece. Nao existem muitas grandes mudanças. Existem pequenos passos, dados um seguido do outro. E, depois de um tempo, estamos num lugar diferente, sem nem nos darmos conta de como ocorreu.
E assim vamos seguindo, uma conquista depois da outra, um passo de cada vez. E quando percebemos chegamos onde gostaríamos.
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